SUICÍDIO: SINAIS DE ALERTA

O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar várias pessoas de diferentes idades, condições socioeconômicas, orientações sexuais e identidades de gênero.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde, 2017), o suicídio, entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte. No Brasil, houve um alto índice de notificações de autoagressão e tentativas de suicídio na faixa etária da adolescência entre 10 a 19 anos e também, entre os jovens adultos dos 20 a 39 anos.

A ideação suicida aparece quando o suicídio é visto como uma alternativa para uma situação de sofrimento, e pode motivar para um plano de suicídio. No caso dos adolescentes isso pode acontecer quando há:

 

1.Depressão grave;

2.Baixo autoestima;

3. Humor deprimido;

4. Falta de esperança;

5. Falta de sentido para viver.

 

A autoagressão compreende qualquer ato intencional de automutilação (com faca, aparelho de barbear, vidro e outros) ou outras maneiras de causar dano a si mesmo (como queimar com cigarro) sem intenção de morte. Adolescentes já relataram que se autoagridem com o objetivo de aliviar e/ou controlar uma dor emocional.

E a tentativa de suicídio é quando a pessoa se autoagride com a intenção de tirar a própria vida e usa de meio que acredite ser letal, mas não resulta em óbito.

Existem fatores que podem aumentar a violência autoprovocada, ou seja, contribuir com o risco da autoagressão, da ideação suicida e da tentativa de suicídio, esses fatores são:

 

*História de tentativas de suicídio ou autoagressão (como por exemplo, mutilação);

*Histórico de Transtorno Mental;

*Bullying;

*Violência intra ou extrafamiliar;

* História de abuso sexual;

*Suicídios na família;

*Baixa autoestima;

*Uso de drogas e/ou álcool.

 

No caso de adolescentes e jovens, podemos apoiá-los para a prevenção da violência interpessoal e da violência autoprovocada, ficando atentos aos comportamentos deles, tais como:

 

1.    Diminuição ou ausência da autocuidado;

2.    Mudanças na alimentação e/ou hábitos de sono;

3.    Uso de álcool e/ou drogas;

4.    Alterações nos níveis de atividade ou humor;

5.    Crescente isolamento de amigos e/ou família;

6.    Diminuição do rendimento escolar;

7.    Autoagressão;

8.    Uso abusivo de internet (saiba o que eles veem e escutam);

9.    Falta de esperança e preocupação com a própria morte;

10. Expressão de ideias ou intenções suicidas.

 

Diante desses sinais, procure uma psicóloga (o) para esclarecer as dúvidas, receber orientações e juntos protegerem a vida!

 

Referência: Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio do Estado do Rio Grande do Sul/Comissão da Criança e do/a Adolescente. Guia Intersetorial de Prevenção do Comportamento em crianças e adolescentes. 2019.   

 

Danila F. Adrião de Faria – Psicóloga e Terapeuta Familiar – CRP 06/82482