Pessoas altamente sensíveis às emoções boas ou ruins, acabam absorvendo sentimentos excessivos e adoecendo mental e fisicamente

No dicionário, empatia é o substantivo feminino que significa a faculdade de compreender emocionalmente algo. Na prática, ter empatia é a capacidade de sentir o que uma outra pessoa sente se vocês estivessem na mesma situação.

Sabendo disso, podemos abordar o assunto do texto de hoje com uma verdade para lá de necessária: empatia em excesso faz mal à saúde, são as chamadas esponjas emocionais, mas você sabe o que é?

São pessoas altamente sensíveis às emoções – sejam elas boas ou ruins – que acabam absorvendo os problemas alheios, as dores, preocupações, tristezas, desânimos, medos e outros e interiorizando desequilíbrios mentais que consequentemente, contribuem para o adoecimento da pessoa empática.

Pesquisas feitas pelo Instituto Max Planck de Munique na Alemanha, mostram que nas pessoas esponjas emocionais é ativada a rede neural no cérebro que representa nossas próprias experiências dolorosas. O problema é que a fronteira entre a própria dor e o sofrimento alheio se desfaz rapidamente, o que gera problemas para aqueles que sofrem demais pelos outros.

Esse “se colocar no lugar do outro” de forma intensa pode se tornar demasiado e transformar-se em estresse empático e levar a pessoa ao esgotamento físico e mental.

Outro estudo realizado na Universidad Adventista del Plata de Entre Rios na argentina revelou que o desgaste pela empatia está ligado à atenção emocional e ao reparo emocional. Atenção emocional é a capacidade de prestar atenção às emoções e humores dos outros. Logo, pessoas que são esponjas perceber além do que deveriam as emoções alheias.

Algumas perguntas podem identificar pessoas que sofrem com essa empatia tóxica, são elas:

  • Se um amigo está angustiado ou triste, começo a me sentir assim também?
  • As conversas, os cheiros e os barulhos em excesso me deixam nervosa?
  • Como bastante para compensar o estresse emocional?
  • As pessoas que convivem comigo dizem que sou muito sensível?
  • Sinto agonia quando estou em locais onde há muita gente?
  • Sou um bom ouvinte?
  • Tenho medo de me relacionar afetivamente?
  • Gosto de passar tempo sozinha?

Se você se identificou com 3 perguntas ou mais, provavelmente você é uma pessoa esponja emocional. Embora algumas pessoas sejam mais suscetíveis a absorver esses sentimentos, algumas dicas podem ajudar no convívio com as emoções sem que elas sejam um fardo.

Com a ajuda profissional e algumas escolhas da inteligência emocional é possível deixar de ser esponja – absorvendo tudo de bom e ruim sem nenhuma necessidade – e se tornar um filtro – eliminando aquilo que não serve e assimilando somente as coisas que ajudam na saúde do corpo e da mente.

Anote essas dicas para a sua transição entre esponja e filtro:

– Crie o hábito de meditar;

– Estabeleça limites com suas relações;

– Priorize o seu bem-estar pessoal mesmo em relação às pessoas próximas;

– Trabalhe sua inteligência emocional;

– Quando for necessário, se afaste.

Não esqueça de manter o acompanhamento de um profissional quando perceber que essa empatia está prejudicando suas próprias emoções.